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Quarta, 17 Julho 2019 13:15

Especialistas analisam as práticas de prevenção do HIV no Brasil

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Política e perspectivas de prevenção e estudos de prevalência de HIV, sífilis e de hepatites B e C foram temas da reunião

Profissionais de saúde, gestores estaduais e municipais, pesquisadores e representantes de entidades da sociedade civil e de organismos internacionais participaram entre os dias 12 e 14 de junho da Reunião Técnica para Analisar o Campo e Práticas de Prevenção do HIV no Brasil, em Brasília. Além do evento, a agenda teve também visitas técnicas à Casa Fonte Colombo, ao Hospital Sanatório Partenon e ao Centro de Saúde Santa Marta, em Porto Alegre, no dia 10; e ao Hospital Dia e Ambulatório Trans do Distrito Federal e às instalações do Núcleo de Testagem e Aconselhamento da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, no dia 11.

A resposta brasileira ao HIV, incluindo a política de prevenção do HIV; as informações estratégicas e os estudos especiais de prevalência da infecção por sífilis, HIV e hepatites virais B e C; bem como as perspectivas de prevenção do HIV no Brasil e no mundo foram debatidos durante a reunião.

“Estamos em momento novo, diferente, de desafios da nossa sociedade. E é com esta sociedade que precisamos dialogar, ir até ela, verificar o que está acontecendo”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira. “O debate sobre prevenção não se encerra com o fim desta reunião. É preciso dar visibilidade para a agenda estratégica. Temos que questionar a epidemia que atinge crianças, idosos, heterossexuais, enfim, vários segmentos da sociedade”, frisou.

Segundo o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), Gerson Pereira, que no primeiro dia da reunião apresentou as cinco prioridades para os anos de 2019 e 2020, “em três dias aprendemos muito com os debates e temos possibilidade de evoluir quanto à prevenção. Temos muito por fazer em prevenção no departamento”.

As cinco prioridades do DCCI são: redução da mortalidade das pessoas vivendo com HIV; redução das hepatites virais com foco na hepatite C; redução da sífilis, da hepatite B e a eliminação da transmissão vertical do HIV; ampliação do acesso às ações de prevenção e atenção à saúde em IST, HIV/Aids e hepatites virais para populações-chave; e a redução dos casos de sífilis adquirida.  “Pretendemos, até o final de 2020, reduzir o coeficiente de mortalidade por aids dos atuais 4,8 para 4,3 para cada grupo de 100 mil pessoas”, disse o diretor do DCCI.

A representante do Unaids do Panamá, Alejandra Corao, a prevenção tem como importância de a redução dos números de casos do HIV. “O nosso compromisso de acabar com a epidemia começa pela queda de novas infecções”, afirmou.

Além da preocupação com a prevenção e o crescente número de casos de HIV, o estigma e a discriminação precisam estar na pauta de debates, segundo Cleiton Euzebio de Lima, do Unaids no Brasil. “É importante se preocupar para que os números de casos diminuam nas populações-chave e, também, termos os insumos e o tratamento à disposição, mas é preciso enfrentar o estigma e a discriminação às pessoas vivendo com HIV”, afirmou. “O Ministério da Saúde pode contar com apoio do UNAIDS, que destaca a importância da intersetorialidade nesta reunião, com a participação do governo federal, dos estados, da academia, da sociedade civil e das entidades internacionais. É com o diálogo intersetorial é que podemos avançar”.

Os participantes elaboraram síntese que foi apresentada ao final da reunião e um relatório final com as discussões e recomendações será apresentado nos próximos 30 dias.

Participaram do evento representantes da Universidade de Brasília (UnB); Aids Healthcare Foundation (AHF Brasil)_; Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA); Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde – Fiocruz/Rio de Janeiro); Fundos das Nações Unidas para a Infância (UNICEF); Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids); ArtJovem LGBT; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Unaids/Genebra; Grupo Gestos, de Pernambuco; Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS); Centro de Referência e Tratamento de DST Aids de São Paulo (CRT/São Paulo); Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul; Universidade de Caxias do Sul (UCS); INI - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz); Núcleo de Estudos para a Prevenção da Aids, da Universidade de São Paulo  (Nepaids/USP); Coordenação municipal de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais de São Luís, Maranhão).

Ao final da reunião, foi constituído um grupo menor entre os participantes que ficou encarregado pela produção do relatório final com as análises e recomendações sobre a prevenção do HIV no Brasil que deverá ser encaminhado ao DCCI em 30 dias.

 

 

Confira aqui as fotos do encontro