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Domingo, 21 Junho 2015 21:00

Novo Protocolo para Hepatite C e coinfecções está em Consulta Pública

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Você pode dar a sua contribuição, baseada em evidência científica, de hoje até 1º de julho

A partir desta segunda-feira (22/06) entra em consulta pública o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Hepatite C e Coinfecções do Ministério da Saúde. Como o nome já diz, o documento apresenta novas propostas para aperfeiçoar a assistência ao portador de hepatite C no Sistema Único de Saúde (SUS) – o que deverá beneficiar 15 mil pacientes ainda em 2015.

A consulta está disponível até 1º de julho no site da Conitec. Acesse aqui o relatório de recomendações de alteração no protocolo.
“Estamos na etapa final de um processo que envolveu toda a sociedade brasileira e que será uma revolução no campo do tratamento da hepatite C”, afirmou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.

O Brasil, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), é um dos únicos países em desenvolvimento a oferecer diagnóstico, testagem e tratamento universal para as hepatites virais. O país comandou a criação de um Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais (28 de julho) e lidera o movimento global de enfrentamento à doença.

Nesse mesmo sentido, o Ministério da Saúde – em documento discutido durante recente consulta regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) – comprometeu-se com a eliminação da hepatite C, estimulando os demais países-membros a fazerem o mesmo e reiterando, assim, seu protagonismo.
NOVOS MEDICAMENTOS – Uma das inovações do PCDT que entrou em consulta pública – uma resposta do ministro da Saúde, Arthur Chioro, à demanda de usuários do SUS, de profissionais de saúde e de sociedades científicas por inovações nesse campo – é a incorporação de três novos medicamentos para o tratamento de pacientes com hepatite C crônica.

Os novos medicamentos incorporados – sofosbuvir, simeprevir, daclatasvir – apresentam taxa de cura de cerca de 90%, muito superior às terapias atualmente dispensadas. Assim, populações antes excluídas ou impossibilitadas de realizar o tratamento também estão contempladas no novo PCDT. O tempo de tratamento também foi aperfeiçoado, com redução de 48 para 12 ou 24 semanas.

Fonte: http://www.aids.gov.br/noticia/2015/novo-protocolo-para-hepatite-c-e-coinfeccoes-esta-em-consulta-publica

A DOENÇA – A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV). A transmissão ocorre, entre outras formas, por meio de transfusão de sangue, compartilhamento de material para preparo e uso de drogas e objetos de higiene pessoal – como lâminas de barbear e depilar, além de outros objetos que furam ou cortam na realização de tatuagens ou piercings.

Estimativas indicam que cerca de 3% da população mundial pode ter sido exposta ao vírus, sendo que uma parte desenvolve a infecção crônica, o que corresponde a 185 milhões de pessoas. No Brasil, estima-se que – com base em estudos de soroprevalência – entre 1,4 a 1,7 milhão de pessoas podem ter tido contato com o vírus; a maioria dos infectados está na faixa etária dos 45 anos ou mais. A concentração em pessoas dessa faixa ocorre porque não existiam, até o início dos anos 1990, testes capazes de detectar o vírus da hepatite C em transfusões de sangue – e porque os procedimentos de biossegurança em atendimentos médicos e odontológicos eram menos rigorosos que os atuais.

Muitos desconhecem que estão infectados, já que a condição é silenciosa e os sintomas só começam a surgir em fases avançadas. Assim, o Ministério da Saúde recomenda que todos aqueles com mais de 40 anos façam o teste para a hepatite C.

OFICIAIS – Os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas são documentos oficiais do Ministério da Saúde, que estabelecem como devem ser feitos o diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento do paciente com determinada doença, incluindo informações sobre medicamentos, exames e demais terapias, com base em informações confiáveis e de qualidade científica. Eles são utilizados por profissionais de saúde e gestores do sistema de saúde para garantir o melhor cuidado à saúde do paciente ou usuário do SUS. Dessa forma, é fundamental a participação de todos os interessados: sociedade civil, comunidade cientifica e profissionais de saúde.