Portal do Governo Brasileiro

O que é o TELELAB?

O TELELAB é um programa de educação permanente, do Ministério da Saúde, que disponibiliza CURSOS GRATUITOS, cujo público alvo são os profissionais da área de Saúde.

Certificação

Nossos cursos são certificados pela Universidade Federal de Santa Catarina. Clique aqui para saber mais sobre o processo de certificação.

Área do Aluno

Terça, 04 Dezembro 2018 14:22

O que é ser indetectável?

Avalie este item
(2 votos)

Dia Mundial de Luta contra a AIDS chama atenção para importância da adesão ao tratamento de HIV

Lucas Martins, 24 anos, é um jovem sonhador e cheio de planos para o futuro. Ele é uma das pessoas vivem com HIV que estão indetectáveis. Ou seja, com o tratamento com medicamentos antirretrovirais, a carga viral (vírus em circulação no sangue) chega a níveis muito baixos, indetectáveis. Além da melhora significativa na qualidade de vida, essa condição impede a transmissão do HIV por via sexual.

Mas quando recebeu o diagnóstico de infecção de HIV, há quatro anos, Lucas não conhecia nada sobre a possibilidade de se tornar indetectável. “A primeira coisa que passa pela nossa cabeça é a morte. Só vamos procurar informação quando descobrimos que está acontecendo com a gente”, conta.

Na semana em que se celebra os 30 anos do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, Lucas aconselha que todas as pessoas procurem conhecer o assunto. “Eu peço que as pessoas que não são portadoras também busquem conhecer mais sobre o que é o HIV e o que é a Aids. É preciso que as pessoas possam abrir a mente sobre essas questões, para diminuir todo o preconceito existente”, sugere.

Saiba mais: O que é HIV

Atingir carga viral indetectável

selo positivo aprovado curvas camadasAtingir a carga viral indetectável é um caminho que depende de vários aspectos. A pessoa que vive com HIV deve seguir o tratamento com todos os cuidados necessários, fazendo o uso correto dos medicamentos antirretrovirais. Para Lucas, o acolhimento da sociedade foi essencial. “É preciso procurar tratamento e que a família, os amigos e a sociedade apoiem essas pessoas. Eu senti a necessidade de uma mão amiga quando comecei o meu tratamento. Além disso, eu gosto de frisar que o acolhimento do profissional da saúde também é essencial nesse momento. Eles são parte fundamental para que a gente tenha uma ótima adesão ao tratamento”, conta.

Para as pessoas que receberam o diagnóstico de HIV e ainda relutam quanto ao tratamento, ele deixa um recado. “Peço que essas pessoas não desistam de viver. Fazendo uso dos medicamentos você tem qualidade de vida, você vive bem, você pode sonhar, você pode fazer planos. É importante entender que somos pessoas normais, como qualquer um. Em tratamento, podemos viver algumas vezes até mais que pessoas que não são portadoras. Meu recado é esse: não tenham medo! ”, reflete.

Tratamento no SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza teste rápidos para a detecção do vírus nas unidades de saúde do país. Em 2018, foram distribuídos 12,5 milhões de unidades. Como a detecção do vírus impacta no início precoce do tratamento, a partir de janeiro também haverá na rede pública a oferta do autoteste de HIV para populações-chave e pessoas/parceiros em uso de medicamento de pré-exposição ao vírus. No ano que vem, serão distribuídas 400 mil unidades, inicialmente como um projeto piloto nas cidades de São Paulo, Santos, Piracicaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus.


O autoteste de HIV já é vendido nas farmácias privadas do país, mas os resultados não podem ser utilizados para o diagnóstico definitivo. Em caso de resultado positivo, o Ministério da Saúde orienta que o usuário busque o serviço de saúde para testes complementares. Nas caixas de autoteste de HIV, distribuído pelo SUS, haverá um número 0800 do fabricante para tirar dúvidas e dar orientações aos usuários. Este serviço funcionará 24 horas e 7 dias por semana. Além disso, o usuário pode tirar dúvidas pelo Disque Saúde 136 e no sitewww.aids.gov.br/autoteste.

Além da testagem, o Governo Federal também financia o tratamento para o HIV/aids no país. Desde 2013, os medicamentos (antirretrovirais) podem ser acessados nas unidades de saúde pelos soropositivos independente da quantidade de vírus que eles apresentarem no corpo. Desde a introdução do tratamento para todos, até setembro deste ano, 585 mil pessoas com HIV/aids estavam em tratamento no país. A maioria, 87%, fazem uso do dolutegravir, um dos melhores medicamentos do mundo que está disponível gratuitamente no SUS.

O medicamento aumenta em 42% a chance de supressão viral (que é diminuição da carga viral do HIV no sangue) entre adultos, quando comparado ao tratamento anterior, usando o efavirenz. Além disso, a resposta virológica com o dolutegravir é mais rápida: no terceiro mês de uso mais de 87% os usuários já apresentam supressão viral, segundo estudos realizados pelo Ministério da Saúde.

Dia Mundial de Luta contra a Aids

xcxHá 30 anos, no dia 27 de outubro de 1988, a Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde instituíram o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Cinco anos após a descoberta do vírus causador da aids, o HIV, 65,7 mil pessoas já tinham sido diagnosticadas com o vírus e 38 mil já tinham falecido.

Como parte das comemorações do dia 1º de dezembro, o Ministério da Saúde resgatou a confecção de colchas de retalhos, os chamados quilts, com mensagens de otimismo para quem vive com o vírus. E estendeu um mosaico, formado por essas colchas, em um dos gramados da Esplanada dos Ministérios. O material foi produzido por milhares de pessoas em várias partes do país que utilizaram uma plataforma digital para produzir a sua mensagem de apoio à causa.

Além disso, para marcar a data e relembrar as lutas e todas as conquistas na resposta global ao HIV, o Ministério da Saúde, lançou uma nova campanha publicitária contra a aids que tem sido veiculada desde o dia 28 de novembro. Acesse o site da Campanha clicandoaqui.


Como se transmite o HIV

Assim pega:

• Sexo vaginal sem camisinha;
• Sexo anal sem camisinha;
• Sexo oral sem camisinha;
• Uso de seringa por mais de uma pessoa;
• Transfusão de sangue contaminado;
• Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
• Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

Assim não pega:

• Sexo desde que se use corretamente a camisinha;
• Masturbação a dois;
• Beijo no rosto ou na boca;
• Suor e lágrima;
• Picada de inseto;
• Aperto de mão ou abraço;
• Sabonete/toalha/lençóis;
• Talheres/copos;
• Assento de ônibus;
• Piscina;
• Banheiro;
• Doação de sangue;
• Pelo ar.

Janaina Bolonezi, para o Blog da Saúde.

Fonte: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/53661-o-que-e-ser-indetectavel