A convite da OMS, comitê internacional se reuniu em Manila para contribuir com resposta regional às hepatites virais
MANILA, FILIPINAS – O Diretor do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, participou no último domingo (26/4), em Manila, nas Filipinas, do encontro de um comitê de especialistas reunido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para contribuir para o aprimoramento da resposta regional às hepatites virais.
A Ásia – especialmente a China – é responsável por mais da metade das hepatites B no mundo e tem um crescente problema de disseminação de hepatite C relacionado ao uso de heroína injetável, muito presente na região. Por outro lado, a região é também conhecida pela melhor cobertura de vacina de hepatite B do mundo, sobretudo na dose do recém-nascido, resultado de um esforço coordenado pelo escritório regional da OMS.
A reunião do comitê de especialistas antecedeu a consulta regional realizada pelo escritório regional da Ásia e do Pacífico da OMS na última segunda e terça-feira (27 e 28/4) para discutir a Estratégia Global de Hepatites Virais, bem como sobre o Plano Regional para a Região de controle de Hepatites Virais entre 2016-2020. O texto final do Plano Regional será discutido em outubro de 2015 no encontro dos 39 ministros de Saúde da região.
LIDERANÇA – O diretor do DDAHV foi um dos convidados especiais destas reuniões, para compartilhar – com países de baixo e médio desenvolvimento da região – as experiências bem-sucedidas do Brasil na resposta às hepatites virais.
Os destaques de sua apresentação foram os tratamentos universais oferecidos para hepatite B e C no Brasil há 13 anos; os novos protocolos de Hepatite B e C; e o protocolo em desenvolvimento para controle da transmissão vertical de HIV, sífilis, hepatite B e hepatite C.
O Brasil – que ocupa um papel de liderança em nível global pelas duas resoluções da Assembleia Mundial de Saúde liderada pelo país, em 2010 e 2014 – foi extremamente elogiado nas reuniões. China e Vietnã já fizeram viagens de estudo ao Brasil em 2014 e outros países da região se interessaram pela possibilidade de ampliar o intercâmbio com o país.