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Quinta, 28 Maio 2015 21:00

Pesquisadores nacionais e internacionais se reúnem em São Paulo para discutir prioridades em HPV e HIV

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Reunião de Pesquisadores em Papilomavírus Humano e Coinfecção HPV/HIV é iniciativa da OPAS, do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer dos EUA.

A diretora-adjunta do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV) do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, abriu nesta quinta-feira (21/05), em São Paulo, a Reunião de Pesquisadores em Papilomavírus Humano e Coinfecção HPV/HIV. O encontro – iniciativa conjunta da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), do Ministério da Saúde do Brasil e do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos (National Cancer Institute/National Institutes of Health – NCI/NIH) – promoverá uma discussão sobre as prioridades das pesquisas em HPV no Brasil e América Latina, sobretudo em relação aos estudos que se referem à coinfecção HPV/HIV.
   
Foram convidados mais de 40 pesquisadores de todo o mundo na área a fim de identificar as principais necessidades de pesquisa em HPV e doenças relacionadas, especialmente entre indivíduos vivendo com HIV, com foco na América Latina, e formar parcerias para o desenvolvimento de estudos em HPV no Brasil e em outros países da região, promovendo o intercâmbio de experiências.

Representa o NCI/NIH no encontro Vikrant Sahasrabuddhe, sendo a OPAS/OMS representada por Giovanni Ravasi e Leandro Sereno.

Na pauta da reunião, estão a história natural do HPV; sua prevenção primária e secundária, manejo e tratamento; as políticas de saúde pública que se referem à doença; e as informações estratégicas que afetam sua abordagem. A ideia é compartilhar e revisar experiências e processos existentes para coleta, análise e publicação de dados; discutir maneiras de melhorar a qualidade dos dados sobre a infecção pelo HPV e cânceres relacionados; debater o risco elevado para doenças relacionadas ao HPV e seu impacto em pessoas vivendo com HIV/aids; abordar a pesquisa operacional sobre a implementação de políticas de vacinação, seu impacto e eficácia, particularmente em populações-chave; discutir a pesquisa em prevenção e triagem da infecção pelo HPV e doenças associadas; e revisar a integração entre as medidas de prevenção do câncer cervical na Atenção Básica em saúde.

HPV – O papilomavírus humano, ou HPV, é a infecção sexualmente transmissível mais comum e a principal causa de câncer de colo de útero ou cervical. Aproximadamente 500 mil mulheres desenvolvem câncer cervical a cada ano, mundialmente; os países em desenvolvimento abrigam 80% dos casos. Cerca de 40 tipos de HPV infectam humanos, tanto mulheres como homens, e são classificados como de “alto risco” e “baixo risco” de acordo com seu potencial de oncogênese. Outras manifestações clínicas incluem condilomas ano-genitais e câncer ou lesões pré-cancerosas no pênis, região anal, vulva e colo de útero.

Além disso, o HPV e o HIV interagem: um vírus pode favorecer a infecção pelo outro, especialmente em nível celular. Em outras palavras: a infecção por HPV favorece a aquisição de HIV em homens e mulheres, e as pessoas vivendo com HIV irão experimentar um maior impacto das alterações causadas pelo HPV devido à imunossupressão. Entre mulheres vivendo com HIV, estima-se que 40% das que não apresentam qualquer alteração citológica cervical estejam infectadas pelo HPV. Infecções por múltiplos genótipos do papilomavírus são mais comuns em mulheres vivendo com HIV quando comparadas com mulheres sem HIV. Além disso, todos os cânceres associados ao HPV são mais incidentes entre pessoas vivendo com HIV.

HSH – A incidência de câncer anal tem aumentado particularmente entre homens que fazem sexo com homens (HSH). A estimativa da incidência de câncer anal é de 5,1 casos por 100 mil pessoas por ano. Os HSH com HIV apresentam um risco muito elevado de desenvolver câncer anal, com uma incidência de 45,9 casos por 100 mil pessoas por ano. O status da infecção pelo HIV também influencia a prevalência do HPV entre HSH. Para qualquer genótipo viral, a prevalência varia de 63,9% a 72,4% entre HSH sem HIV, e de 92,6% a 93,3% entre HSH infectados pelo HIV.

Fonte: http://www.aids.gov.br/noticia/2015/pesquisadores-nacionais-e-internacionais-se-reunem-em-sao-paulo-para-discutir-prioridad