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Terça, 16 Junho 2015 21:00

El Salvador assume a presidência do GCTH

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Em votação unânime, El Salvador, sob a representação de Ana Isabel Nieto, foi eleito para presidir o Grupo de Cooperação Técnica Horizontal (GCTH) a partir de agosto deste ano

Assim, a Argentina conclui seu terceiro mandato à frente do GCTH, a cargo de Carlos Falistocco, Diretor de Aids e DST do Ministério da Saúde argentino, após intenso trabalho realizado.

Em sua primeira declaração como presidente do GCTH, Ana Isabel Nieto explicou que, embora nunca tivessem imaginado, em seu país, assumir essa responsabilidade, os salvadorenhos consideram que possuem ampla experiência após haver presidido por três anos o Mecanismo de Coordenação Regional (MCR), e que esse aprendizado colaborará para dar visibilidade ao trabalho que a região da América Latina e do Caribe está desenvolvendo na resposta ao HIV.

Nesse sentido, a Diretora do Programa Nacional DST/HIV-Aids do Ministério da Saúde de El Salvador explicou que, para seu país, alcançar a presidência do grupo “representa um reconhecimento do trabalho que estamos realizando para a resposta nacional e para a resposta da América Central ao HIV. Agora, devemos fortalecer uma resposta para a América Latina, pois não estamos partindo do zero. Devemos intensificar o trabalho já existente”.

A recém-eleita presidente destacou a atuação da Argentina à frente do GCTH: “A gestão de Carlos Falistocco foi bastante eficiente. Ele manteve uma comunicação contínua entre os países, bem como com as redes regionais que trabalham na resposta ao HIV e, apesar das limitações financeiras, soube desenvolver as ações e manteve o GCTH como um grupo de referência no assunto”.

Durante esses três anos, foram desenvolvidos espaços e ferramentas para a comunicação interna e externa, tendo-se implementado uma série de capacitações a fim de fortalecer o trabalho desenvolvido pelos membros do GCTH na região. Também se estabeleceu um banco de dados de preços, visando à melhoria da gestão da compra de medicamentos, por meio do conhecimento das informações disponíveis. Além disso, foi implementada a estratégia de colaboração Sul-Sul, a partir da qual os países colaboram entre si, com base na realidade de que cada um dos membros do GCTH possui capacidades estabelecidas e disponíveis para compartilhamento.

Os desafios pela frente são muitos. Ana Isabel indicou alguns desafios que enfrentará em sua gestão, como, por exemplo, o esforço para que a cooperação internacional não diminua na região. “Sabemos que existem outras regiões do mundo que estão em situação bastante complicada e que temos obtido avanços importantes, mas não podemos retroceder. Embora seja verdade que os governos estejam cumprindo com seus compromissos, existem países da região que, devido à suas condições econômicas, não podem assumir o trabalho em sua totalidade. Assim, ainda há muito trabalho a fazer, pois a cooperação não pode ocorrer de forma tão rápida. Acredito que a região tem muito a fazer em matéria de sustentabilidade de resposta, coordenação com as organizações da sociedade civil e com as pessoas com HIV, principalmente, para poder otimizar os recursos e somar esforços. Esse talvez seja o maior desafio”, afirmou a presidente eleita.

Ela também destacou a importância de aprofundar o trabalho regional para conter a epidemia: “No ano passado, trabalhamos no chamado à ação para alcançar as metas 90-90-90, buscando torná-las uma realidade. Assim, temos que trabalhar não somente o componente da atenção, mas também o tema dos direitos humanos, que é fundamental para a região; devemos continuar trabalhando o estigma e a discriminação, pois estão surgindo novas situações que devemos enfrentar”.

Para encerrar com uma mensagem de equilíbrio e análise do que deve vir, Ana Isabel Nieto deixou claro que esses desafios só poderão ser alcançados na medida em que se continue com o trabalho conjunto e que sua gestão possa contar com o apoio de todos os países e parceiros das redes: “A América Latina e o Caribe hispânico são uma região só; a América Latina conquistou avanços importantes na resposta ao HIV e esses avanços não podem retroceder”, concluiu.

Fonte: http://gcthsida.org/el-salvador-asumira-la-presidencia-del-gcth

O GCTH, Grupo de Cooperação Técnica Horizontal, reúne gestores dos programas de aids das Américas Central, do Sul e do Caribe, em busca de ações efetivas de gestão política e técnica que facilitem o uso eficiente de recursos dos órgãos públicos e das agências internacionais, para uma resposta mais efetiva à epidemia de aids na região.

Fonte: http://www.aids.gov.br/noticia/2015/el-salvador-assume-presidencia-do-gcth