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Domingo, 05 Julho 2015 21:00

Julho amarelo começa com ações no Pará e em Santos (SP)

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Instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por iniciativa do Brasil, o 28 de julho é o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.

Julho é o mês destinado às ações de prevenção e controle das hepatites virais e, por todo o país, haverá comemorações e ações de prevenção a esses agravos, destinadas a alertar e a estimular a realização de testes para o diagnóstico das hepatites.

PARÁ – Com o intuito de intensificar as estratégias de prevenção às hepatites virais e incentivar a busca por pacientes ainda sem sintomas, a campanha “Julho Amarelo” foi lançada oficialmente na noite da última sexta-feira, 22, pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), após um dia de programação em torno do evento que rememorou os 50 anos de descobrimento do Antígeno Austrália, descrito como o vírus B da hepatite, e os avanços no tratamento dos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Realizado no hotel Radisson, em Belém, o lançamento da campanha foi feito pela coordenadora estadual do Programa de Controle das Hepatites Virais da Sespa, Cisalpina Cantão, que lembrou que o Brasil é um dos únicos países em desenvolvimento no mundo que oferece prevenção, diagnóstico e tratamento universal para as hepatites virais em sistemas públicos e gratuitos de saúde. “Nesse quesito, o Pará tem acompanhado com fidelidade essa tendência, que inclui também o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, lembrado em 28 de julho. Daí a escolha deste mês, pois iremos realizar a mobilização antes de a população se dirigir às praias e também faremos ações de conscientização durante o período de alta temporada do verão”, esclareceu.

Uma das homenageadas no lançamento foi a assessora técnica da coordenação de Hepatites Virais, DST e Aids do Ministério da Saúde, Elisa Cattapan, que discorreu sobre os desafios de combater a disseminação da doença no país, sobretudo quando esta é silenciosa, podendo o doente ser surpreendido pela descoberta do diagnóstico ao sofrer uma hemorragia digestiva. “Queremos ampliar o alcance dos jovens, que estão sendo muito contaminados, pois as escolas rejeitam o debate. Não permitem que se fale de camisinha e questionam a campanha de prevenção do HPV. Isso deve ser repensado urgentemente, pois a educação deve colaborar mais com a saúde”, criticou Elisa Cattapan, que, por outro lado, não poupou o Pará de elogios quando se referiu às políticas dedicadas às hepatites aplicadas desde 2011, apesar dos novos desafios impostos pela atual recessão econômica. “Só sei dizer que vocês são eficientes demais”, disse.

Além de Elisa, receberam o troféu Muiraquitã, entre outros, o médico Helio Franco, tido por Cisalpina Cantão como o profissional que mais incentivou a criação de uma coordenação exclusiva para controlar as hepatites virais; a atual coordenadora estadual de Vigilância em Saúde, Rosiana Nobre, reconhecida por sempre ter dialogado com as entidades da Sociedade Civil, homenageadas na noite na representação do Fórum Paraense de ONG/Aids e Hepatites Virais, na pessoa de Jair Santos, presidente do Paravidda, como também a secretária estadual de Saúde, Heloísa Guimarães, representada por Helio Franco.

Um total de 15 palestrantes, entre profissionais médicos e enfermeiros do Estado e do cenário acadêmico nacional, discorreram sobre o cenário das hepatites no mundo, no Brasil e no Pará, com foco especial no que a saúde pública tem feito para combater o sub-registro de casos associado à ampliação da testagem e do diagnóstico, no estímulo à vacinação contra o tipo B – ofertada gratuitamente pelo SUS a toda população até 49 anos – e na ampliação da assistência e do tratamento dos tipos mais perigosos: B e C.

SANTOS - o Julho Amarelo teve início com importante medida tomada com vistas à detecção da doença. Quem passar pelas consultas médicas nas policlínicas do município será submetido aos exames Anti HCV, AntiHBc Total, HBsAg e Anti HBs. A testagem sorológica na rede pública de saúde agora é obrigatória, conforme estabelece a Lei nº 3.156/2015.

Serão prioridade os pacientes na faixa etária a partir de 40 anos, considerada de maior prevalência. “Essa medida é fundamental, pois o tratamento, quanto mais cedo for iniciado, dá mais chance de cura ao paciente e menos riscos de complicações”, afirma o médico infectologista Marcos Caseiro, da Secretaria de Saúde.

Medicamentos -  Em Santos, os três novos medicamentos para tratamento da hepatite C, que aumentarão em mais de 90% a chance de cura da doença, devem estar disponíveis na rede municipal de saúde a partir de agosto. São eles: sofosbuvir, simeprevir e daclatasvir, importados dos Estados Unidos e já aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Eles serão incorporados nas medicações gratuitas fornecidas em todo país pelo Ministério da Saúde. Sem efeitos colaterais, terão média de três a seis meses de tratamento.

Programação - A Secretaria de Saúde e a ONG Grupo Esperança também farão ações em atenção à Semana de Prevenção Contra a Hepatite e o Mês Julho Amarelo. Ao longo do mês, prédios públicos, como o Paço Municipal e a Prodesan, estarão iluminados de amarelo. Empresas privadas também vão aderir à iniciativa. A partir do dia 21, serão realizados testes rápidos, caminhada, curso de atualização, missa em memória às vítimas de hepatites virais e peça teatral. As ações também celebram o 28 de julho, Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.

Fonte: http://www.aids.gov.br/noticia/2015/julho-amarelo-comeca-com-acoes-no-para-e-em-santos-sp