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Domingo, 09 Agosto 2015 21:00

Ministério da Saúde quer dobrar salas de apoio à amamentação nas empresas

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Ação faz parte da campanha da Semana Mundial de Amamentação, que este ano teve como tema Amamentação e Trabalho. Atualmente, cem empresas possuem locais destinados ao aleitamento.

Para as mulheres que trabalham fora de casa, o fim da licença maternidade e o retorno às atividades profissionais podem representar o fim de um dos vínculos mais importantes entre a mãe e o bebê: a amamentação. A licença maternidade tem sido uma importante aliada para que a as mães mantenham a amamentação exclusiva. De acordo com a II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal, o índice de aleitamento materno é duas vezes maior entre as trabalhadoras com direito a licença (53,4%) do que o registrado entre mulheres que não possuem o direito (26,8%). O aleitamento materno exclusivo até os seis meses diminui em até 13% a morte de menores de cinco anos em todo o mundo por causas evitáveis.

Confira as imagens do evento.

Nesta sexta-feira (7/8), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, encerrou a Semana Mundial de Amamentação, comemorada entre 1º e 7 de agosto. Este ano, o tema da campanha do Ministério da Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, é “Amamentação e Trabalho: para dar certo, o compromisso é de todos”.  O apresentador Serginho Groisman e sua esposa, Fernanda Vogel Molina Groisman, pais de Thomas, são os padrinhos da campanha. O objetivo é incentivar gestores de empresas públicas e privadas de todo o Brasil a adotarem a Ação “Mulher Trabalhadora que Amamenta”, lançada em 2010. Durante a cerimônia, o ministro reconheceu 18 empresas participantes da iniciativa.

“Nós queremos despertar uma consciência do respeito à mulher trabalhadora e ao bebê. Todo mundo ganha. Os estudos sobre os benefícios da amamentação para saúde da criança e da mãe são inquestionáveis, mas também são grandes os ganhos de produtividade, do compromisso da mulher com o seu trabalho. Cada vez mais, nós queremos estimular as empresas privadas a adotarem a licença maternidade de seis meses, a garantia da creche no ambiente do trabalho ou próximo dele e a implantação das salas de aleitamento materno. Esse é um espaço muito simples e barato, mas que permite a mãe recolher o leite de maneira segura e transportá-lo para casa para amamentar o seu bebê. Essas ações garantem às mulheres o direito de compatibilizar a sua vida profissional com o aleitamento, com o fato de serem mães”, destacou o ministro, Arthur Chioro.

Para o apresentador Serginho Groisman, o envolvimento de todos – principalmente dos pais – é imprescindível para o estímulo à amamentação. “Essa é uma campanha muito importante para a saúde do filho e da mãe. Espero que ela seja compartilhada e entendida por todos nós e que cada vez mais se amamente mais. Nós, pais, precisamos ter uma participação efetiva para ajudar a mãe a fazer esse trabalho, que é fundamental”, ressaltou.

A ação Mulher Trabalhadora que amamenta possui três eixos fundamentais preconizados pelo Ministério da Saúde: licença-maternidade de seis meses, implementação de creches nos locais de trabalho ou convênio com creches próximas, e a criação de salas de apoio à amamentação dentro do ambiente de trabalho. A meta inicial para 2015, de certificar 50 salas de apoio em empresas de todo o Brasil, foi superada em 100%, chegando a 100 salas, beneficiam até 70 mil mulheres em idade fértil. Para 2016, o objetivo é certificar outras 100 salas, ampliando em 40% o número de mulheres alcançadas.

As salas de apoio à amamentação são espaços localizados no próprio ambiente de trabalho, destinados às mulheres que retornam da licença maternidade. A intenção é que elas possam durante o horário de trabalho, com privacidade e segurança, retirar o leite, armazená-lo em local adequado e depois levá-lo para casa, aumentando o período de amamentação do filho. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 43% dos trabalhadores brasileiros são mulheres, ou seja, quase metade da força de trabalho no país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam que os bebês sejam alimentados exclusivamente pelo leite da mãe até os seis meses e que a amamentação continue acontecendo, junto com outros alimentos, por até dois anos ou mais.

Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação materna tem na redução da mortalidade infantil nessa faixa etária. De acordo com a OMS e o Programa das Nações Unidades para a Infância (Unicef), cerca de 6 milhões de crianças são salvas a cada ano devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês.

Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido, além de ficar menos tempo internado. O aleitamento materno também diminuiu o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. A amamentação reduz o peso da mãe mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia. As chances de se adquirir diabetes ou desenvolver câncer de mama e de ovário também caem significativamente.

Além de todos esses benefícios à saúde, estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pelotas comprovou que quanto mais duradouro o período de amamentação na infância, maiores os níveis de inteligência e renda média na vida adulta até os 30 anos. Foi o primeiro estudo no Brasil a mostrar o impacto no QI e o primeiro internacionalmente a verificar a influência na renda. A pesquisa foi divulgada pela The Lancet, uma das publicações científicas mais importantes do mundo.

POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA – Outra importante ação do Ministério da Saúde em prol dos pequenos foi a publicação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. A portaria nº 11.130/2015 busca integrar diversas ações já existentes para atendimento a essa população, com objetivo de promover o aleitamento materno e a saúde da criança, da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção à primeira infância (zero a cinco anos) e às populações de maior vulnerabilidade, como crianças com deficiência, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e em situação de rua.

A elaboração de uma Política Nacional de Saúde da Criança também vem ao encontro do pleito de entidades da sociedade civil, militantes da causa dos direitos da criança e do adolescente, como a Rede Nacional da Primeira Infância, a Pastoral da Criança, além de organismos como Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

LISTA DAS EMPRESAS PREMIADAS

Empresa

Estado

Procter & Gamble (P&G)

AM

TJDFT

DF

Cassi DF

DF

Ministério da saúde

DF

BRB

DF

Petrobrás

ES

BNDES

RJ

Cassi RJ

RJ

Finep

RJ

Madalena Ribeiro

RJ

Santander

SP

Máquinas agrícolas Jacto

SP

Cargill Agrícolas S/A

SP

Eurofarma

SP

Companhia Hidro Elétrica de São Francisco

PE

Central de Atendimento do Banco do Brasil

PR

Grupo O Boticário

PR

Dell Computadores do Brasil Ltda

RS

Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/18972-ministerio-da-saude-quer-dobrar-salas-de-apoio-a-amamentacao-nas-empresas