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Terça, 24 Novembro 2015 22:00

Primeira sessão plenária discute prevenção combinada

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Palestrantes do 10º Congresso de HIV/Aids – entre eles o celebrado médico e professor norte-americano Kenneth Mayer – abordam desafios, avanços, PrEP e PEP

“A prevenção combinada é o mote e a estratégia mais importante ao enfrentamento da epidemia de HIV, hoje”, disse Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV) do Ministério da Saúde.

DIREITOS HUMANOS – Em sua apresentação, a advogada Patrícia Rios falou sobre como criar as condições necessárias ao enfrentamento da aids no país, neste momento particular da história, em que um cenário de retrocesso em direitos antes consolidados – como a testagem compulsória em algumas situações e a tentativa de criminalização da transmissão do vírus, por exemplo – ameaça os avanços alcançados ao longo de décadas de luta.

Os desafios a esses avanços favoráveis vêm na notória onda de conservadorismo nacional, traduzida de inúmeras formas que incluem a tentativa de criminalização da transmissão do HIV; a admissão da testagem compulsória em situações específicas; o fundamentalismo religioso na “preservação da família e bons costumes”, censurando campanhas direcionadas às populações vulneráveis por causa da “ameaça” que representam; e os entraves regionais na compreensão e consolidação da política pública.

PROFILAXIAS – “É um grande privilégio estar aqui no Brasil, um país de liderança quanto à saúde pública, e sob a inspirada tutela do doutor Fábio Mesquita”, disse o professor Kenneth Mayer ao abrir sua apresentação sobre PrEP e PEP. Na palestra, o professor enumerou estudos internacionais que reiteram a eficácia de ambas as estratégias para a prevenção combinada.

“Temos quase 37 milhões de pessoas ao redor do mundo com HIV – mas menos de 20 milhões estão diagnosticadas, 15 milhões estão em tratamento e apenas 11.6 milhões apresentam supressão viral”, disse o professor.

“Portanto, queremos alcançar a todos, mas isso vai levar tempo – e é por isso que precisamos de PrEP ou PEP”, explicou, lembrando que as estratégias são as únicas a abordar o período imediatamente antes e após a exposição ao HIV.

Apesar da demonstrada a eficácia da PrEP, Mayer lembra que a profilaxia “não é apenas um fim em si mesmo, mas também uma oportunidade de trazer as pessoas aos serviços de saúde”.

VAMOS COMBINAR? – Na apresentação Prevenção: vamos combinar?, a pesquisadora Cristina Pimenta enumerou abordagens e desafios aos esforços para prevenir novas infecções no Brasil, e pontuou as perguntas inerentes à introdução de uma política nacional de PrEP: “qual o custo-efetividade dessa política? Uma política aceitável é a de menor custo ou a de maior acesso?”.

Quanto à PEP, Cristina lembrou que ela é “a única forma de reduzir o risco de infecção após uma exposição”.

“Em resumo, a informação, a promoção de comportamentos saudáveis, os métodos biomédicos disponíveis, os métodos de barreira e as novas tecnologias ainda a serem adotadas devem se somar às respostas sociais e políticas para obtermos uma abordagem possível de prevenção combinada”, disse Cristina.

https://www.youtube.com/watch?v=AWttMecz7o4

Fonte: http://www.aids.gov.br/noticia/2015/primeira-sessao-plenaria-discute-prevencao-combinada