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Domingo, 03 Abril 2016 21:00

Ministério da Saúde abastece estados e municípios com penicilina benzatina

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Informação foi compartilhada pelo DDAHV com coordenadores estaduais de DST e aids em reunião realizada em Brasília

 

O Ministério da Saúde realizou a compra emergencial de 2,7 milhões de frascos de penicilina benzatina. Embora a compra do medicamento, único que rompe a barreira placentária e impede a transmissão da sífilis da gestante para o bebê, seja de atribuição dos municípios, o governo federal decidiu intervir em virtude do desabastecimento mundial da penicilina, que já vinha afetando todos os estados brasileiros.

Setecentos mil frascos do medicamento foram adquiridos com dispensa de licitação pelo Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF/SCTIE/MS), após várias tentativas fracassadas de compra por pregão. Os outros dois milhões foram adquiridos com intermediação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

A distribuição do medicamento às centrais de abastecimento farmacêuticas de todos os estados começou no último dia 9, observando como parâmetro a demanda e a epidemia de sífilis de cada estado. O primeiro lote, de 200 mil frascos, já foi enviado.

Em outubro de 2015, nota conjunta da Secretaria de Vigilância em Saúde e da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde estabeleceu que a penicilina benzatina deve ser ministrada prioritariamente em gestantes com sífilis.

A diretora-adjunta do DDAHV, Adele Benzaken, apresentou ontem, na reunião, estratégias e ações para o uso racional de penicilina. Em junho está prevista uma reunião com coordenadores de vigilância do DDAHV para tratar, prioritariamente, da sífilis.

Busca-se neste momento uma solução semelhante para desabastecimento da penicilina cristalina.

NOTIFICAÇÃO – Pesquisa realizada pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde indica que há subnotificação de infecções de HIV no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A média nacional, em 2014, segundo estimativa do DDAHV, é de 33,3%.

“Os pacientes novos estão chegando à rede e buscando medicamentos, estão cadastrados na farmácia do posto de saúde, nós os conhecemos superficialmente, mas muitos não estão registrados no Sinan. Dessa forma, não temos informação sobre quem são, qual perfil, qual a possível via de infecção, por exemplo, de um terço das pessoas vivendo com HIV e se isso não for melhorado, num trabalho conjunto de todo o SUS, prejudicará o monitoramento, o seguimento do tratamento e o cuidado com essas pessoas vivendo com HIV”, afirmou Fábio  Mesquita, diretor do DDAHV.

Mesquita acredita que parte da subnotificação pode ser oriunda dos pacientes atendidos na rede privada, mas que, por lei, retiram os medicamentos no SUS (a distribuição de medicamentos para tratamento do HIV é exclusiva do Sistema Único de Saúde); isso explicaria em parte os pacientes estarem na lista dos que retiram medicamentos, mas não na lista de doenças de notificação obrigatória. Os coordenadores estaduais e municipais presentes ao debate indicaram haver outras possibilidades que claramente envolvem subnotificação na própria rede pública do SUS. Os estados e municípios terão de abril até dezembro para atualizar o Sinan com os dados dos novos pacientes e corrigir essa diferença. Foram anunciadas medidas para a redução radical das subnotificações a partir de 2017.

MONITORAMENTO CLÍNICO – O DDAHV também apresentou aos coordenadores os incrementos e melhorias que estão sendo realizados no campo do monitoramento clínico das pessoas vivendo com HIV. Esse acompanhamento é fundamental para a melhoria da atenção aos portadores de HIV.

“Como muita gente está em tratamento, precisamos estar de olho na evolução do tratamento e fazer mudanças necessárias, se preciso, em tempo. Mais do que apenas os exames de carga viral, é importante que a pessoa vivendo com HIV passe mais tempo com o médico, que ele olhe nos olhos dela, e a ouça”, afirmou Marcelo Araújo de Freitas, coordenador de assistência e tratamento do DDAHV.

Uma das medidas para melhorar o monitoramento é a definição de critérios mais objetivos de má adesão ou abandono de tratamento, o que já começou a ser feito pelo DDAHV em parceria com os estados. No dia 28 de março, ocorreu reunião do Grupo Técnico de Adesão com essa pauta específica.

 

Fonte: http://www.aids.gov.br/noticia/2016/ministerio-da-saude-abastece-estados-e-municipios-com-penicilina-benzatina