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Domingo, 10 Abril 2016 21:00

Gestores dos estados participantes das Cooperações Interfederativas trocam experiências

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Objetivo é compartilhar sucessos para melhorar a prevenção e tratamento das pessoas vivendo com HIV/aids

Os representantes dos três estados em que estão em vigor Cooperações Interfederativas (Amazonas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) apresentaram nessa quinta-feira, 31 de março, em Brasília, suas experiências em prevenção, tratamento e monitoramento do HIV/aids desde que iniciada a parceria com a União. Esses estados são os que têm os maiores índices de casos notificados da doença no país.

“Precisamos monitorar as iniciativas das interfederativas e acompanhar as ações nos três estados envolvidos a fim de levarmos suas experiências para outras regiões”, afirmou a diretora-adjunta do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken. “Além do que já executaram e do que pretendem realizar, o diálogo entre esses estados aprimora também o trabalho do Departamento”, acrescentou.

Para Eduardo Marques Macario, da Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina, a construção da agenda interfederativa e a constituição de grupos técnicos para apresentar planos de ação que contemplem a assistência e a vigilância em saúde são os primeiros resultados positivos do trabalho em seu estado. Também foram criadas três câmaras técnicas (prevenção; informação e vigilância; redes de atenção e linha de cuidado). “Conseguimos evoluir na implantação de testes rápidos, na capacitação aos profissionais de saúde e no diálogo com gestores para implantação e implementação do serviço”, afirmou.

No Rio Grande do Sul, a coordenadora estadual da Seção de DST/Aids, Jaqueline Soares, apresentou como resultados a linha de cuidado para as pessoas vivendo com HIV/aids; o compartilhamento do cuidado com a Atenção Básica; o início do uso do medicamento 3 em 1; a ampliação do teste rápido; a criação do guia para maternidades; e a educação permanente.
“Atualmente, temos todas as maternidades públicas e particulares realizando testes rápidos no o estado”, afirmou. “Os indicadores, que até poucos anos atrás estavam muito acima da média nacional, têm caído, mas ainda há muito por fazer”. Prefeitos de 15 municípios do Rio Grande do Sul assinaram, em 2014, a Carta de Paris, que declara a busca pelo fim da epidemia de aids nas cidades envolvidas; dentre os compromissos assumidos, está o de atingir as metas 90-90-90 (90% das pessoas soropositivas tratadas com medicamento antirretroviral; 90% das pessoas vivendo com HIV/aids com diagnóstico reconhecido; 90% das pessoas em tratamento com carga viral suprimida).
Já no Amazonas, a coordenadora da Cooperação Interfederativa, Romina Marques de Oliveira, disse que o maior obstáculo foi manter o diálogo com as populações ribeirinhas. “Há muito estigma. O preconceito está enraizado entre as pessoas que vivem nessas comunidades”. Para atenuar a resistência, foram criados grupos de trabalho junto às moradoras dessas áreas e realizadas ações com profissionais de saúde da região. Também foi criado comitê de avaliação de investigação da transmissão vertical HIV/aids e um comitê da mortalidade.

Aliada ao contato direto com as populações que residem em áreas distantes, a capacitação de lideranças juvenis contribuiu para o trabalho de prevenção ao HIV/aids. “Identificamos jovens líderes que puderam atuar em seus círculos e alinhar diferentes vivências para objetivos comuns”, afirmou. “Não basta sairmos a campo com um cronograma, é preciso ouvir e identificar a característica de cada local”.

A coordenadora do Programa de DST/Aids da cidade do Rio de Janeiro, Luciane Oscar, entende que é preciso discutir diretrizes clínicas para o controle do HIV/aids. Segundo ela, o maior enfrentamento do Rio de Janeiro está na dificuldade de inserir o paciente na rede de assistência. O Rio participou da reunião como convidado, pois é um dos estados e capitais em que há mais casos de aids que a média do país.

“O tempo necessário para que a situação fique sob controle somente cada estado poderá avaliar. O Departamento está à disposição para a construção de planos que contribuam para a evolução das ações nas Interfederativas”, finalizou a diretora-adjunta do Departamento, Adele Benzaken.

Fonte: http://www.aids.gov.br/noticia/2016/gestores-dos-estados-participantes-das-cooperacoes-interfederativas-trocam-experiencias