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Sexta, 19 Janeiro 2018 10:40

Experiência é referência para países da América Latina e do Caribe

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Brasil apresenta Projeto SenGono nos Estados Unidos

O Brasil apresentou em Washington, nos Estados Unidos, a experiência do Projeto SenGono – para testar a resistência da gonorreia no Brasil -, que também poderá servir de referência aos demais países da América Latina e do Caribe. A apresentação ocorreu durante a Reunião do Programa de Vigilância da Resistência dos Gonococos Antimicor (ReLAVRA, sigla original em inglês) e do Programa de Vigilância da Resistência de Gonococos aos Antimicrobianos (GASP, em inglês), em 14 e 15 de dezembro.

O Projeto SenGono consiste numa parceria do DIAHV com o Laboratório de Referência localizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e com os sítios de coleta. Durante as reuniões em Washington, debateu-se sobre s a padronização das duas redes (ReLAVRA e GASP) nos países do América Latina e do Caribe (com foco no GASP); o fornecimento de controle de qualidade para as análises de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos antimicrobianos para o tratamento da gonorreia; a disponibilização   dos dados nacionais da vigilância da resistência do gonococo aos antimicrobianos  para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS); e a publicação de artigos sobre o histórico e dados do GASP na América Latina e no Caribe.

Histórico- Em 2016, o Projeto SenGono analisou 550 cepas provenientes de sete locais de coletas distribuídos em todas as regiões do país, e constatou-se elevada resistência do gonococo à penicilina, tetracilina e ciprofloxacina (entre 47 - 78% dos isolados). Além disso, evidenciou-se uma resistência em franca expansão à azitromicina. As cefalosporinas de terceira geração - ceftriaxona e cefixima - também foram testadas, e não foram encontradas cepas resistentes a essa classe de fármaco.

Os resultados do projeto culminaram na atualização da recomendação nacional para o tratamento da gonorreia, havendo a substituição do ciprofloxacino 500mg (VO) pela ceftraixona 500mg (IM) na terapia dupla com azitromicina 1g (VO).

Estudos moleculares também estão sendo realizados com as cepas, bem como será feito o Sequenciamento Completo do Genoma em colaboração com  o Laboratório de Referência em Gonorreia e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis localizado  naUniversidade de Örebro (Suécia).

Em 2018 haverá uma nova rodada do Projeto SenGono, com a inclusão de novos sítios de coleta, bem como será implantada a Etiologia das Uretrites, com a investigação dos seguintes patógenos: Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum,  Mycoplasma genitalium e Trichomonas vaginalis.

Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/brasil-apresenta-projeto-sengono-nos-estados-unidos