Portal do Governo Brasileiro

O que é o TELELAB?

O TELELAB é um programa de educação permanente, do Ministério da Saúde, que disponibiliza CURSOS GRATUITOS, cujo público alvo são os profissionais da área de Saúde.

Certificação

Nossos cursos são certificados pela Universidade Federal de Santa Catarina. Clique aqui para saber mais sobre o processo de certificação.

Área do Aluno

Terça, 24 Abril 2018 14:13

Profissionais de saúde de Roraima recebem capacitação sobre HIV e Sífilis

Avalie este item
(0 votos)

A formação faz parte do processo de inserção da linha de cuidado para o manejo do HIV e da sífilis na atenção básica do estado

Médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais de saúde do estado de Roraima participaram, entre os dias 16 e 18 de abril, em Boa Vista, da “Capacitação para manejo básico do HIV e da Sífilis” promovida pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde e ministrada pelos médicos infectologistas Fernanda Rick e Filipe Perini, consultores do DIAHV.

A capacitação teve por objetivo iniciar o processo da inserção da linha de cuidado para o manejo do HIV e da sífilis na atenção básica do estado.  

Na cerimônia de boas-vindas, realizada na manhã do dia 16, além dos profissionais de saúde das cidades de Boa Vista, Pacaraima e Amajari, também estiveram presentes a diretora do Departamento Estadual de Epidemiologia de Roraima, Luciana Cristina Grisotto; o coordenador municipal de IST/Aids de Boa Vista, Sebastião Diniz Lima; o  presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Roraima, Helenilson José Soares Boniares; e a representante do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, Rosiclei Alencar Dobrovsak.

Durante os três dias de encontro, os profissionais de saúde tiverem a oportunidade de conhecer o panorama epidemiológico do HIV, da sífilis e das hepatites virais no Brasil e em Roraima sob a ótica da estratégia da prevenção combinada; as formas de abordagem inicial e de acompanhamento das pessoas que vivem com HIV – acolhimento, avaliação inicial e de rotina, prevenção, imunização, saúde reprodutiva, rastreio de co-infecções e monitoramento clínico – e discussão de casos clínicos. A capacitação também tratou sobre o manejo clínico da sífilis adquirida e congênita, por meio da linha de cuidado e da investigação epidemiológica.

ACOLHIMENTO - Para a médica de família, Eloides Araújo Gomes, que já faz atendimento de pessoas que vivem com o HIV na cidade de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, a capacitação serviu para atualização dos conhecimentos sobre tratamento e também para despertar novos olhares sobre estigma e preconceito. “Foi muito importante perceber como o acolhimento e amorosidade fazem a diferença na adesão ao tratamento do HIV. Foi fundamental também compreender o meu papel como multiplicadora desses conhecimentos na minha unidade de saúde”, destaca.

A importância de um atendimento humanizado também foi um dos aprendizados destacados como mais importantes pela médica da família, Maria Vauian. Graduada em Cuba, a médica disse que com a rotina de atendimentos em Boa Vista muitas vezes a fazem esquecer do quão fundamental é acolhimento e esse olhar ampliado sobre o paciente. “Essa capacitação serviu para relembrar a importância de se olhar o indivíduo para além da doença. Resgatar essa visão mais integral sobre o paciente irá auxiliar muito a minha prática e o atendimento”, ressaltou Maria Vauin.

A médica também destacou a aproximação e a troca de informações com os profissionais de outros níveis da rede de atendimento do município. “Creio que essa relação mais próxima, de confiança, que estabelecemos aqui entre a atenção básica e atenção especializada irá ajudar muito na implantação da linha de cuidado”, completa.

PANORAMA EPIDEMIOLOGICO – Segundo dados do Boletim Epidemiológico de HIV/aids de 2017, o Roraima é o estado brasileiro com a maior taxa de detecção de casos de aids entre a população brasileira. Em 2016 foram registrados 33,4 casos de aids a cada 100 mil habitantes, o Rio Grande do Sul vem em segundo lugar, com 31,8 casos por 100 mil habitantes.

Já em relação a sífilis, Roraima está entre os estados que apresentam taxas de detecção de sífilis adquirida superiores da média nacional que é de 42,5 casos por 100 mil habitantes. Em 2016 foram registrados 48,4 casos de sífilis adquirida por 100 mil habitantes. Já as taxas de detecção de sífilis congênita e em gestantes estão abaixo da média nacional.

A capital Boa Vista está entre os cem municípios com população acima de 100 mil habitantes – e que concentram os maiores números de casos da doença – incluídos no projeto de “Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção à Saúde”, que visa reduzir a sífilis adquirida e eliminar a sífilis congênita no Brasil.

Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/profissionais-de-saude-de-roraima-recebem-capacitacao-sobre-hiv-e-sifilis