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Segunda, 02 Julho 2018 18:38

Nota informativa recomenda diagnóstico e tratamento de tuberculose latente em pessoas vivendo com HIV

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A prevenção da tuberculose é fundamental para diminuição da mortalidade em pessoas vivendo com HIV. Medicamento para o tratamento da ILTB será ofertado nas unidades dispensadoras de antirretrovirais

21.06.2018 - 15:47
02.07.2018 - 17:30

[node:title]Os departamentos de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) e de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT) do Ministério da Saúde emitiram a Nota Informativa nº 11/2018, com recomendações para tratamento da infecção latente por tuberculose (ILTB) em Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV). A ILTB ocorre quando o paciente entrou em contato com o bacilo, mas ainda não desenvolveu a doença. A prevenção da tuberculose ativa em PVHIV é eixo fundamental dentro da estratégia para a diminuição da mortalidade associada a essa coinfecção.

A nota informativa traz como nova recomendação a realização de tratamento para ILTB em todas as PVHIV com contagem de CD4 igual ou menor a 350 independentemente da realização da Prova Tuberculínica (PT), desde que excluída a tuberculose ativa. Além disso, a nota reforça as demais recomendações já vigentes para tratamento de ILTB em PVHIV.

Para otimizar o acesso e a adesão ao tratamento da ILTB em pessoas vivendo com HIV, os dois departamentos (DIAHV e o DEVIT) e o Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) do Ministério da Saúde, juntamente com as coordenações estaduais e municipais responsáveis pelos agravos HIV e tuberculose, construirão fluxo de dispensa da isoniazida 300mg - principal medicamento para o tratamento da ILTB -  nas próprias unidades dispensadoras de medicamentos (UDM) onde as pessoas já retiram seus antirretrovirais para o HIV. Assim, poderão retirar a medicação tanto para tratamento de ILTB quanto os antirretrovirais no mesmo local.

O tratamento para ILTB com isoniazida tem tempo predeterminado (seis ou nove meses), somente poderá ser prescrito para as pessoas que não têm tuberculose ativa e reduz significativamente o risco de desenvolvimento da doença futuramente, constituindo estratégia de proteção para a PVHIV.

DADOS - A tuberculose é uma das principais causas de óbito em pessoas vivendo com HIV. O risco dessas pessoas contraírem a doença é entre 16 e 27 vezes maior do que a população geral. De acordo com o Boletim Epidemiológico Coinfecção TB-HIV: panorama epidemiológico e atividades colaborativas 2017, foram registrados 6.601 casos de coinfecção de tuberculose e HIV no Brasil em 2016. Isso corresponde a 9,4% do total de pessoas com tuberculose – 69.509 casos – no mesmo período.

A Nota Informativa nº11/2018 está disponível aqui.

Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/nota-informativa-recomenda-diagnostico-e-tratamento-de-tuberculose-latente-em-pessoas